Medicinas da Floresta

Nossa missão é proporcionar a cura por meio das Medicinas da Floresta e, principalmente, conscientizar o uso e preservá-la com orientações e acompanhamento.

Ayahuasca

Também conhecida como daime, hoasca, yagé e vegetal, a ayahuasca é um chá derivado da combinação de duas plantas: a chacrona (Psichotria Viridis) e o jagube (Banisteriopsis Caapi). Juntas, essas plantas liberam no organismo o DMT (dimetiltriptamina), também conhecido como a “molécula do espírito”, que ajuda a liberar as energias psíquicas e espirituais aprisionadas, causando uma conexão profunda com o próprio ser.

Usada em rituais xamânicos de cura há milhares de anos por povos indígenas da Amazônia, e se difundindo em nossa sociedade à partir do século XX, a ayahuasca vem ajudando a todos os tipos de pessoas que desejam entrar em contato com suas verdades interiores, visando a libertação dos padrões de sofrimento. Ao ingerir esse chá, a pessoa acessa um estado ampliado de percepção da consciência e, assim, tem a possibilidade de fazer uma jornada de autoconhecimento e autocura, libertando-se de estados emocionais prejudiciais ou mesmo entendendo as dores mais profundas que vive para ressignificá-las.

Rapé

Rapé é um pó resultado da maceração de tabaco e cinzas de outras plantas, mais tradicionalmente de uma árvore batizada de Tsunu (Platycyamus Regnelii). Esta mistura é preparada, condicionada e soprada pelas narinas. Seu uso é ancestral e esteve presente em períodos distantes pelas tribos amazônicas e caboclos da floresta, que o utilizam para fins medicinais e cerimoniais, assim como outras substâncias etnobotânicas e elementos minerais da floresta.

O tabaco em questão não é a versão industrializado, estamos tratando da face xamânica da planta. O tabaco sempre foi considerado pelas tribos Katukina, Yawanawá e outras da região como uma Planta de Poder, porém caiu em mau uso pelos brancos, descentralizando sua força e poder.

Utilizado da forma correta, é uma prece para o Grande Mistério. É um ritual de evocação do plano espiritual. Os nativos norte-americanos consideram o tabaco uma planta de claridade. É o totem vegetal do elemento fogo, e como todo fogo, pode elevar ou destruir.

Preparado com carinho e paciência para transformar as folhas secas do tabaco e as cinzas da Tsunu no pó que conhecemos, o rapé não é aspirado e sim soprado por outra pessoa ou pelo próprio indivíduo. Para isto é utilizado um instrumento de bambu oco, o tepí, ou com o kurípe para a autoaplicação. Esta comunhão entre o indivíduo que recebe e o que sopra é a garantia da energia do rapé. O que o soprador mentalizar durante a cerimônia influenciará no efeito xamânico. Um mesmo rapé não provoca o mesmo efeito se ministrado de formas diferentes.

Seu efeito é rápido, após alguns minutos o indivíduo sente-se em um grande bem estar, além de promover a limpeza das vias aéreas (embora não haja estudos clínicos). Alguns ainda relatam que o rapé tem a capacidade de esfriar o corpo depois de um dia de trabalho debaixo do sol.

Sananga

O colírio da sananga é obtido por meio da extração de um sumo de planta brejeira em forma de arbusto, chamada Tabernaemontana Sananho. Um dos princípios ativos encontrados é a Ibogaína. Para preparar o colírio são batidas as raízes do arbusto com água limpa e potável, que resultam na extração do princípio ativo da planta.

Após a aplicação, ocorre uma ardência que dura no máximo três minutos, dependendo do estado clínico da pessoa e a frequência com que o indivíduo faz uso do colírio. A experiência da sananga é relatada como um momento muito especial. Após a ardência surge uma sensação de completude. É como se o indivíduo estivesse totalmente inserido em um momento atemporal, onde nada mais importa.

Algumas tribos das etnias nawas, utilizam-se da sananga para retirar a chamada panea. Panea é representada por uma forma de energia negativa acumulada que carregamos, normalmente associada ao suco gástrico do estômago, que levam ao acúmulo de todo o tipo de bactérias e doenças. A Ibogaína auxilia ainda no tratamento de dores crônicas e facilita processos meditativos e de introspecção.

Não se recomenda a prática do uso da sananga fora da floresta, local onde a aplicação é realizada de forma adequada durante um trabalho ou ambiente apropriado voltado à evolução espiritual e, principalmente, com a orientação de um xamã.

Estudo científicos demonstram possível eficiência na aplicação da sananga, em especial nas doenças bacterianas existentes no globo ocular. Apesar de sua contribuição, a sananga não promove a cura de problemas físicos existente nos olhos.

Importante: é contraindicado seu uso após cirurgias oculares ou em caso de ferimentos ocorridos.

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