Dirigido pela diretora austríaca Barbara Albert, Mademoiselle Paradis retrata a história real da pianista cega Maria Theresia Paradis. O filme se concentra em Viena, 1777, quando ela recebeu tratamento do médico alternativo Franz Anton Mesmer.
Esse breve recorte da vida de Mademoiselle Paradis é suficiente para relatar um evento marcante da sua existência. Além disso, pincela as relações sociais daquele período, e como sua família a tratava.
A princípio, Maria Theresia responde bem ao tratamento com magnetismo do Dr. Mesmer. Porém, a recuperação da visão prejudica seu talento no piano. Ademais, o doutor precisa provar à sociedade em geral e à comunidade médica que seu método não é uma fraude. Afinal, apesar do resultado que ele consegue verificar em sua paciente, todos duvidam.
Enfim, Maria Theresia talvez consiga a cura para sua cegueira, se prosseguir com o tratamento, mas ele pode ser interrompido. Para os pais dela, perder o talento como pianista significa perder a pensão que recebem do governo. Já para Mademoiselle Paradis, representa abandonar seu maior prazer. Ao mesmo tempo, significa abstrair-se da única atividade em que ela, ao contrário de ser a portadora de uma deficiência, consegue ser melhor que a maioria das pessoas.